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Governo quer recursos das seguradoras em obras de saneamento

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15/03/2013 - CQCS

O Governo quer que as seguradoras utilizem recursos das suas reservas técnicas no financiamento de grandes projetos públicos, especialmente nos fundos que viabilizam obras de saneamento. A sugestão foi feita pelo ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Moreira Franco, que participou, nesta quinta-feira (14), do evento de instalação do Conselho Empresarial de Seguros e Resseguros da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ).

Ele propôs ainda que o novo Conselho da ACRJ realize um seminário para tratar do potencial de investimentos do mercado de seguros em obras de infraestrutura. Em palestra sobre o tema "Classe Média", o ministro deixou claro que o interesse do Governo no mercado de seguros vai além desses investimentos.

Moreira Franco lembrou que, nos últimos dez anos, 40 milhões de brasileiros entraram na classe média e destacou que, para garantir a continuidade desse enorme avanço social, é preciso dar a esses cidadãos oportunidades para o seu contínuo progresso. "Essas oportunidades envolvem riscos e, por isso, os seguros têm um papel crucial", afirmou o ministro.

Ele acentuou ainda que é preciso criar condições e incentivos para que o mercado de seguros possa adaptar seus produtos de forma a atender às necessidades da classe média. "Expandir esse mercado significa eliminar riscos desnecessários e, assim, tornar a classe média mais apta para aproveitar as oportunidades que um país em crescimento oferece", alertou.

O novo conselho da ACRJ é presidido pelo diretor gerente da Bradesco Seguros, Marco Antônio Gonçalves, e composto por outras 39 personalidades do mercado, incluindo os presidentes da Fenacor, Armando Vergilio; Escola Nacional de Seguros, Robert Bittar; Fenseg, Paulo Marraccini; FenaSaúde, Márcio Coriolano; FenaCap, Marco Antonio da Silva Barros; e FenaPrevi. Osvaldo do Nascimento, entre outros.

O evento reuniu mais de 300 profissionais do mercado, além de lideranças e autoridades, como o superintendente da Susep, Luciano Portal Santanna; e o presidente do IRB Brasil Re, Leornado Paixão.

Segundo o presidente da ACRJ, Antenor Barros Leal, a criação desse conselho é o primeiro passo visando a transformar o Rio de Janeiro na capital dos Seguros e Resseguros da América Latina.

Já o presidente do novo conselho acredita que não será difícil atingir essa meta, principalmente pelo fato de o Rio ser a sede da Susep, do IRB, das entidades de classe e de grandes seguradoras e resseguradoras, nacionais e internacionais. "Na prática, o Rio já é a capital do seguro e do resseguro. Agora, iremos trabalhar para que seja também de direito", frisou Marco Antonio Gonçalves.

Ele acrescentou que o conselho vai trabalhar em prol do crescimento da atividade no país funcionando como encaminhador de temas para entidades representativas do setor.

Para Marco Antonio Gonçalves, o conselho deve congregar novas ideias e sugestões para enriquecer debates sobre temas que possibilitem o crescimento e a maior representatividade deste segmento no PIB nacional. "O Conselho será um fórum de debates abrangentes e sempre voltados para atendimento das necessidades e demandas dos consumidores de serviços de Seguros e Resseguros. Também teremos a funcionalidade de ente encaminhador de temas para o aprofundamento de estudos nas entidades de representação institucional das seguradoras, resseguradores, corretores e consumidores", observou.