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Multas por embriaguez mais que dobram

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06/03/2013 - A Gazeta

No ano passado, foram 6.525 notificações; em 2011, 2.606

Vitória - Blitze da Lei Seca na Terceira Ponte

O número de multas por dirigir alcoolizado, no Estado,  mais que dobrou em 2012  em relação ao ano anterior: o aumento foi de 150%.  Ao todo, segundo os dados do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-ES), foram  6.525 multas aplicadas por causa da combinação de bebida e direção. Em 2011, haviam sido 2.606.

O  comandante do Batalhão de Trânsito da Polícia Militar (BPTran), coronel Wallace Brandão, afirma que  o motivo para o crescimento na quantidade  de autuações é a intensificação da fiscalização, medida  implantada desde o final  de 2011.

O coronel destaca que foi feita uma “reengenharia” de pessoal no batalhão – que ganhou 70 novos soldados  em dezembro daquele ano –,  incluindo alterações nas escalas para que policiais pudessem ser direcionados para as operações da Lei Seca.

Comportamento

O delegado Fabiano Contarato, titular da Delegacia de Trânsito,  também credita o aumento das notificações ao reforço na fiscalização.

“Antes só se fazia blitz na quinta e na sexta-feira. Hoje, há blitz todo dia. Então, fica essa falsa impressão de que aumentou o número de motoristas que dirigem sob o efeito do álcool. Se houvesse a mesma quantidade de abordagens antes, talvez pudéssemos constatar uma queda”, afirma.

Um dado que apresentou redução em 2012 foi o de condutores que cometeram crime de dirigir embriagado, ou seja, que estavam com mais de seis decigramas de álcool por litro de sangue. Em 2011, foram 550; e no ano passado,  462.

O delegado acredita que, com a mudança na lei –  que agora admite a prova testemunhal e  vídeos, entre outras –,  esse  número deva subir. “A recusa ao bafômetro não vai mais repercutir nesse caso”, diz.

Já o coronel Brandão acredita que as multas devem continuar subindo, por causa do aumento da frota, e  faz um alerta: “As pessoas precisam se conscientizar de que dirigir sob o efeito de álcool põe em risco a vida das pessoas e causa prejuízos a toda sociedade. Essa cultura de burlar a lei precisa ter um fim”, destaca.