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Preço do seguro de carros dispara no ES após greve da PM

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23/03/2018 - CBN Vitória por Caique Verli - cvsousa@redegazeta.com.br

A Grande Vitória foi a segunda região metropolitana do Brasil com maior aumento, ficando atras somente de Recife.

A greve da Polícia Militar fez o preço do seguro de carros disparar na Grande Vitória nos últimos doze meses. O aumento foi de 15,37%, bem acima da média nacional, que ficou abaixo de 2%, segundo informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A Grande Vitória foi a segunda região metropolitana com maior aumento do Brasil no período, ficando atrás somente de Recife, que teve uma variação de 16, 14%.

Até o Rio de Janeiro, que está no meio de uma das maiores crises de segurança da história, teve uma variação menor, de 14,76%.

O diretor do Sindicato dos Corretores de Seguros e de Empresas de Corretoras de Seguros do ES, Renê Neves Farias, diz que a paralisação da Polícia Militar, em fevereiro do ano passado, e o consequente aumento nos índices de criminalidade influenciaram nesse crescimento fora do padrão no preço do seguro.

"Houve um aumento do roubo de carros muito grande. E isso impacta no preço porque o número de veículos roubados entra no sistema de cálculo da operadora e aumenta o valor cobrado", explica o diretor.

O valor já está assustando motoristas. O taxista Daniel Souza está com medo do valor na hora de renovar o seguro.

O serralheiro Wagner Ribeiro critica o preço cobrado pela seguradora

"Vou ter que pensar porque é muito caro. O seguro desse carro ficou por R$ 4,6 mil há seis meses atrás. Agora bota mais 15% em cima disso. Deus me livre", lamenta.

O serralheiro Wagner Ribeiro também critica o preço cobrado pela seguradora, que é de 10% do valor do veículo, segundo ele.

"Infelizmente vai chegar um dia que a gente não vai mais poder ter seguro de veículo se continuar subindo desse jeito. Inviável", afirma.

A Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) foi procurada para comentar o aumento nos índices de criminalidade apontado pelo Sindicato dos Corretores, mas não respondeu até o fechamento da reportagem.