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Grupo Mapfre investe na reciclagem de veículos

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08/02/2013 - Cristina Ribeiro de Carvalho

Resíduos tratados são reaproveitados na produção de eletrodomésticos, mesas e postes, entre outros itens

A frota de veículos nas capitais quase dobrou nos últimos dez anos, segundo dados do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito). Apesar do dinamismo da indústria automobilística, pouco se sabe sobre o destino dos carros que não têm mais condições de trafegar pelas ruas, ou foram considerados como perda total em caso de acidente. Caso não sejam tratados de forma correta e fiquem abandonados, muitos dos componentes podem se tornar prejudiciais ao meio ambiente.

Com uma frota segurada de mais de 2 milhões de veículos, o Grupo BB e Mapfre passou a contar com um projeto focado na destinação correta das carcaças do automóveis que saem de circulação, por acidente ou por velhice. Durante os meses de janeiro a outubro de 2012, a iniciativa reciclou 427 toneladas de materiais.

"Por meio dessa ação realizamos um ciclo de atuação consciente no mercado. Além de protegermos o bem e pagarmos a indenização ao segurado, garantimos uma destinação inteligente e sustentável para o veículo que, por conta de um acidente, saiu da frota circulante", afirma Jabis Alexandre, diretor de automóveis do Grupo BB e Mapfre.

O processo de reciclagem se inicia após o carro ser encaminhado para uma das oficinas parceiras da empresa e para a avaliação do perito.

Definida a perda total por incêndio ou colisão, o veículo é encaminhado para um dos pátios da seguradora, onde profissionais identificam os componentes que "estão soltos" (borrachas, vidros etc.) e enviam para a reciclagem, por meio da Ecopalace, empresa especializada na separação e destinação de resíduos automotivos. A etapa final é a destruição total do carro, por meio da indústria siderúrgica.

"Os resíduos reciclados são reaproveitados na produção de eletrodomésticos, mesas, postes, materiais de construção etc,", conta Alexandre.

Ainda segundo Jabis Alexandre, o processo gera um benefício para toda a cadeia, já que cada tonelada de aço produzida com sucata evita a extração de 1.140 quilos de minério de ferro e 154 quilos de carvão e consome apenas um terço da energia que uma tonelada gerada a partir do minério de ferro.

Além disso, a iniciativa reduz em mais de 70% o consumo de água e a emissão de CO2 - 1,44 tonelada de CO2 por tonelada produzida.

"Para melhorar nossa ação nesse sentido, passamos a coletar também todos os líquidos desses veículos para que não contaminem o lençol freático e sigam de uma forma 100% segura para a reciclagem", finaliza Jabis.

Uma tonelada de aço de sucata evita a extração de 1.140 kg de minério de ferro.