Novidades

Seguro de boates é pouco frequente no Brasil

Compartilhe:

01/02/2013 - Folha de S. Paulo - Maria Cristina Frias - cristina.frias@uol.com.br

O mercado de seguros para casas noturnas é pouco aquecido no Brasil, segundo especialistas.

As condições que propiciaram o incêndio na boate Kiss, em Santa Maria (RS), como o material usado no isolamento acústico, seriam recusadas por peritos de seguradoras, que pediriam ajustes antes de assinar os contratos.

Diante das altas exigências feitas pelas companhias do setor para fechar seus contratos de cobertura, as casas de menor porte se desinteressam, de acordo com o diretor-utivo da FenSeg (Federação Nacional de Seguros Gerais), Neival Freitas.

"É um seguro de difícil aceitação. Muitas vezes as empresas não têm condição de cumprir. Ou, em outros casos, não se interessam. É difícil saber", afirma.

A exceção são as grandes casas de shows, que, além de um seguro empresarial de apólices semelhantes às praticadas em outros segmentos, procuram coberturas específicas para cada um dos eventos que realiza.

"O empresarial, que faz parte da carteira de riscos patrimoniais, cobre danos materiais provocados por incêndio, queda de raio e explosão", afirma Freitas.

O seguro de eventos faz parte da modalidade de responsabilidade civil e costuma ter valores maiores. O objetivo é proteger o público.

Entre as situações que passam por análise técnica das seguradoras estão a verificação de portas de emergência, a lotação máxima e o plano para saída das pessoas em caso de pânico.

O material utilizado na estrutura do local como isolamento acústico e divisórias, também são avaliados. São exigidos aparelhos modernos e em bom estado, de acordo com o utivo.