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Índice do setor de seguros cresce 10,2% em março
07/04/2016 - Lupa Comunicação
O Índice de Confiança do Setor de Seguros (ICSS) – um dos principais termômetros do mercado – subiu 10% em março, de acordo com pesquisa da Federação Nacional dos Corretores de Seguros Privados e de Resseguros, de Capitalização, de Previdência Privada, das Empresas Corretoras de Seguros e de Resseguros (Fenacor). Pela primeira vez desde junho de 2015, o ICSS fechou acima dos 70 pontos (73,9).
“Março foi um mês agitado na política nacional. A expectativa da definição de impasses políticos no país em um futuro próximo pode ter influenciado as respostas de algumas companhias do setor”, comenta o presidente da entidade, Armando Vergilio.
O cálculo do ICSS tem por base entrevistas com utivos de mais de 100 companhias, entre corretoras, seguradoras e resseguradoras. O objetivo é avaliar o grau de confiança e as expectativas do mercado. Dessa forma, a Fenacor espera contribuir para o desenvolvimento institucional do setor de seguros e, em especial, das corretoras de seguros.
O setor de seguros é responsável por 6% do Produto Interno Bruto (PIB). É uma indústria que emprega mais de 40 mil pessoas, abriga cerca de 95 mil corretores e reúne 112 companhias seguradoras em todo o país. Em 2015, movimentou R$ 92 bilhões em volume de prêmios, crescendo 12%, o que mostra sua força na economia nacional.
Os percentuais são calculados a partir de pesquisa realizada pela Fenacor com 100 grandes empresas do setor, que indicam percentuais de 0 a 200 para a confiança na economia, rentabilidade e faturamento. Também foram apurados outros três indicadores: ICSS (de confiança do setor de seguros no Brasil), ICER (Índice de Confiança e Expectativas das Resseguradoras) e ICGC (Índice de Confiança das Grandes Corretoras).
No ano de 2016, a variação do ICER foi a maior: 17,1%. Mas ainda não há o que comemorar pelo fato dos índices estarem muito baixos (abaixo de 100 pontos). Mesmo assim, o ICSS geral do ano aponta variação positiva de 10,2%, segundo a pequisa.
ICES |
0,5% |
ICER |
17,1% |
ICGC |
13,8% |
ICSS |
10,2% |
Segundo a Federação, o setor aguarda definições da economia da política nacional para marcar a retomada de suas expectativas positivas. Nos últimos seis meses, o cenário foi de pequenas oscilações e queda.
Indicador |
Out.15 |
Nov.15 |
Dez.15 |
Jan.16 |
Fev.16 |
Mar.16 |
ICES |
65,0 |
71,6 |
69,6 |
66,7 |
65,8 |
69,9 |
ICER |
63,0 |
69,1 |
64,4 |
65,6 |
68,7 |
75,4 |
ICGC |
66,2 |
68,3 |
67,3 |
65,7 |
67,1 |
76,6 |
ICSS |
64,7 |
69,7 |
67,1 |
66,0 |
67,2 |
73,9 |
A pesquisa também apura as expectativas para faturamento, crescimento da economia e rentabilidade as empresas.
Faturamento: esperança de manutenção
Para faturamento, as expectativas estão divididas entre as empresas. 52% das seguradoras; 52% das corretoras e 62% das resseguradoras esperam a manutenção ou melhora dos índices nos próximos seis meses. Os índices são superior aos registrados em fevereiro: 46%, 50% e 54%, respectivamente.
Resseguradoras têm melhora na percepção do crescimento da economia
72% das seguradoras; 66% das corretoras e 54% das resseguradoras esperam um crescimento da economia pior ou muito pior, no Brasil, pelos próximos seis meses.
Nesta análise e em comparação com fevereiro, as corretoras tiveram queda de 7 pontos percentuais. Já as resseguradoras tiveram alta 15 pontos percentuais: de 69% para 54%.
Rentabilidade: resseguradoras seguem as mais otimistas
Apenas as resseguradoras estão positivas em relação a rentabilidade, pelos próximos seis meses: 62%. Estes tipo de empresa possui investimentos, o que dá suporte a sua rentabilidade, diferente das demais.
As seguradoras esperam melhora (54%) e as corretoras seguem em baixa: 60% relatam que o cenário pode piorar nos próximos seis meses.