Novidades

Ataques e falhas de rede criam mercado de seguro cibernético

Compartilhe:

25/02/2016 - Aon

Falhas de segurança ou ataques premeditados que resultam no vazamento de dados de clientes aparentemente já acontecem com razoável frequência a ponto de fomentar um novo ramo do mercado de seguros. E a julgar pelo levantamento da seguradora britânica Aon, um mercado em franco crescimento, mas quase desconhecido no Brasil.

Ao entrevistar 2.243 participantes em 37 países, o levantamento indicou que 19% das empresas no mundo contratam o seguro cibernético. Mas no Brasil esse percentual foi de apenas 1%. Do ponto de vista do vendedor de seguros, o número é promissor.

“A responsabilidade por dados de terceiros tem se tornado uma grande fonte de preocupação para as empresas”, diz o gerente de produtos financeiros da seguradora, Maurício Bandeira. E de despesas. Ele lembra dos custos com defesa judicial em casos de reclamação, violação de privacidade, perda ou corrupção de dados armazenados.

Os produtos já existem com ‘cobertura de Responsabilidade Cibernética (Cyber Liability)’ou ainda ‘cobertura de Restituição da Imagem Pessoal e Corporativa’, ambos com a proposta de mitigar perdas financeiras em casos de ataques ou mesmo de minimizar danos à reputação. Mas o levantamento também demonstrou que há ainda resistência à novidade.

O relatório aponta que 52% das empresas globais acreditam que a exposição ao risco cibernético aumentará nos próximos 24 meses, enquanto 37% já sofreram riscos de segurança pelo menos uma vez nos últimos dois anos com impactos econômicos médios de US$ 2,1 milhões. Ainda assim, um seguro cibernético não faz parte dos planos da grande maioria.

Há motivos para tanto. De acordo com as respostas, a cobertura é inadequada para a exposição (31%); os prêmios são caros (29%); apólices de propriedade e acidentes são suficientes (26%); há muitas exclusões, restrições e riscos não seguráveis (26%) e 23% dizem que a gerência utiva não vê valor neste seguro (23%).