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Sua empresa tem seguro?

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10/09/2013 - Pequenas Empresas Grandes Negócios - Por Marco Zanni


Os irmãos Deivison e Deiviane de Santana nas cinzas da loja que pegou fogo. Eles não tinham um seguro contra incêndio (Foto: PEGN)

A história da Neguinho Descartáveis, que foi destruída por um incêndio em agosto, mostra a importância de ter uma cobertura patrimonial

Deivison de Santana, de 25 anos, passou a última década construindo um comércio de materiais descartáveis para restaurantes, na feira de São Cristóvão, polo cultural nordestino do Rio de Janeiro. Quando já estava faturando mais de R$ 1 milhão por ano, com planos ambiciosos de expansão, um incêndio tomou seu estoque e destruiu a maior parte da loja, em agosto.

Do dia para a noite, ele precisou fazer empréstimos, contabilizar os prejuízos e arregaçar as mangas para reconstruir seu espaço. Não sem lamentar pelas vezes em que seguradoras lhe ofereceramapólices de cobertura patrimonial, que poderiam pagar os danos causados pelo desastre. "Eu achei que os R$ 4 mil ou R$ 5 mil por ano seriam caros demais", afirma. "A gente nunca pensa que o raio vai cair na nossa cabeça."

O fato é que o crescimento dos pequenos negócios no Brasil tem levado também ao aumento do número de seguros. Na década passada, a participação das companhias desse tipo no total de empreendimentos produtivos no país saltou de 4% para 6,2%, de acordo com dados do IBGE, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

Na esteira dessa evolução, o mercado de seguros patrimoniais movimentou no ano passado R$ 9,9 bilhões - um aumento de 7% em comparação com 2011, segundo informações da CNSeg (Confederação Nacional das Empresas de Seguros). Porém, o número ainda é pequeno perto do tamanho do setor, que faturou em 2012 mais de R$ 156 bilhões.

A instituição faz dois alertas às empresas interessadas em contratar um seguro: deve-se encontrar um corretor de confiança para avaliar os riscos reais aos quais sua companhia está exposta. Assim, será possível cobrir-se da maneira mais adequada. Hoje existem apólices que, em caso de incêndio, pagam até o valor de lucro que seu comércio teria em determinado período.

Outro conselho é verificar as cláusulas de cobertura a cada renovação. A CNSeg aponta que muitas empresas tiveram prejuízos este ano por não estarem cobertas em relação a depredações provenientes de tumultos - e várias lojas foram destruídas durante manifestações políticas nos últimos meses.

Fonte: PEGN